Data do Artigo: 05/04/2023
A classificação é livre e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria ou no site do teatro. Os preços variam de R$ 20 (galeria) e R$ 40 (balcão superior), até R$ 60 (plateia e balcão nobre) e R$ 80 (frisas e camarotes, o ingresso individual).
O balé conta a história da jovem camponesa Giselle, que é traída e morre de amor. Ela, contudo, volta na forma de uma Willi (espíritos de virgens que morreram antes de se casar e moram na floresta) para vingar-se do amante traidor. As Willis fazem dançar até a morte os homens que encontram na estrada, altas horas da noite. O balé Giselle é um dos poucos dançados ainda em tutu romântico (saias de bailarinas na altura da panturrilha).
Para a primeira bailarina do TMRJ, Nora Esteves, professora do Corpo de Baile do equipamento, é sempre uma emoção rever Giselle, papel que apresentou inúmeras vezes, com vários parceiros nacionais e estrangeiros. “Eu adoro Giselle! É um dos meus balés favoritos de dançar e de ver porque a primeira bailarina tem, em Giselle, a oportunidade de uma cena teatral fortíssima, conhecida no mundo todo, no fim do primeiro ato, como a cena da loucura. É quando Giselle descobre que o amor dela, que se fazia passar por um camponês, era, na verdade, um príncipe que a traiu e era noivo de uma princesa”, disse Nora à Agência Brasil. “É uma cena maravilhosa de ver, quando é bem-feita, e de fazer, porque é totalmente teatral. Dá margem a personagens distintos, dramaticamente falando. E a música é linda!”, completou.
Nora assistirá os espetáculos dos dias 6 e 12, quando estarão se apresentando duas alunas suas do Corpo de Baile do TMRJ: Marcella Borges e Manuela Roçado.
O Theatro Municipal conheceu Giselle em 27 de outubro de 1913, quando foi apresentado pela Companhia de Bailados Russos de Diaghilev e suas maiores estrelas, Tamara Karsavina e Vaslav Nijinski. O Corpo de Baile do TMRJ apresentou-o pela primeira vez em 21 de novembro de 1951, com coreografia de Tatiana Leskova, que assumiu também o papel-título.
Balé dramático, Giselle tem dois atos, com 45 minutos de duração cada, e intervalo de 15 minutos. Ele será apresentado ao público nos dias 5, 6, 8, 12, 13, 14 e 15, às 19h; nos dias 9 e 16, às 17h; e, no dia 11, às 14h, somente para alunos de escolas públicas.
A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, comentou que a temporada 2023 de Giselle é muito especial, porque marcará a última interpretação, no papel principal, da primeira bailarina Claudia Mota. O diretor artístico do TMRJ, Eric Herrero, informou que os solistas serão, além de Claudia Mota, Márcia Jaqueline, Juliana Valadão, Marcella Borges, Manuela Roçado, Cícero Gomes, Filipe Moreira e Rodrigo Hermesmeyer. “Uma alegria enorme poder oferecer ao público espetáculo de tão alta qualidade artística e técnica”, salientou Herrero.
O maestro Jésus Figueiredo, por sua vez, lembrou que Giselle é a mais conhecida obra do compositor francês do período romântico da música Adolphe Charles Adam, autor de dezenas de óperas e 14 balés, além de muitas canções natalinas. “Adam utiliza formas musicais muito curtas, porém sempre muito bem construídas e bem interessantes e belas”, disse o maestro.
Uma hora antes de cada espetáculo, haverá palestra gratuita, realizada no Salão Assyrio do teatro. Estão programadas no local as palestras Os criadores de Giselle, com Jayme Chaves e Paulo Melgaço, nesta quarta-feira (5), às 18h; O Romantismo na música e na literatura, com Edvan Moraes e Jayme Chaves, dia 6, às 18h; O Ballet Romântico, com Teresa Augusta e Paulo Melgaço, dia 8, às 18h; Giselle no TMRJ, com Paulo Melgaço, dia 9, às 16h; O simbolismo em Giselle, com Jayme Chaves e Paulo Melgaço, dia 12, às 18h; Sílfides, Willis e o sobrenatural, com Jayme Chaves, dia 13, às 18h; O papel do corpo de baile no ballet clássico, com Vera Aragão, dia 14, às 18h; A magia da cena: cenário e figurino, com Leonardo Bora, dia 15, às 18h; e O símbolo da leveza: a sapatilha de ponta, com Liana Vasconcelos, dia 16, às 16h.
A palestra Descobrindo os personagens, com Ana Botafogo, ocorrerá no dia 11, às 14h, no palco, e será exclusiva para escolas.