A concessão de auxílio para trabalhadores que tiveram complicações de saúde relacionadas à atividade subiu cerca de 6% ano passado, na comparação com 2017.
O valor pago subiu em proporção maior, de 9,3%.
Houve criação de 530 mil empregos em 2018, e isso pode ter influenciado o número de concessões, segundo o economista especializado em Previdência Pedro Nery.
“Todos os benefícios ligados ao setor formal aumentam quando há uma melhora no índice de desemprego.”
Uma mudança de 6% é uma oscilação normal, de acordo com Francisco Eduardo Cardoso Alves, da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social.
“Foi apenas um ano, não é uma alta sustentada, como a que vem ocorrendo na concessão de outros benefícios.”
A quantidade de acidentes de trabalho que causam afastamento remunerado pela Previdência está aquém dos parâmetros anteriores à crise. O número de 2018 é o equivalente a 66% do verificado em 2013, por exemplo.
O gerenciamento do INSS influencia as autorizações dadas, segundo Andre Marques Rebelo, economista da Fiesp.
“Existem zonas cinzentas na avaliação da necessidade [do afastamento remunerado]. Uma gestão mais paternalista libera mais, e há momentos em que se ordena que haja mais parcimônia”, afirma Rebelo.
Sem trocar seis por meia dúzia
A oferta de novas vagas cresceu e superou o número de postos abertos para repor a saída de funcionários neste início de ano, de acordo com consultorias de recrutamento.
Os empregos ligados a criação de cargos chegaram a representar apenas 15% de todas as posições em aberto no auge da recessão, segundo o diretor-geral da Michael Page, Ricardo Basaglia.
“No último mês as novas vagas já são mais da metade de todas as que cobrimos. A previsão, com base nas nossas conversas com clientes, é que esse percentual chegue a 65% até o fim de 2019.”
A busca de companhias por novos funcionários de média e alta gerência cresceu cerca de 30% de dezembro a janeiro deste ano na Randstad, de acordo com Juliano Gonçalves, diretor da consultoria.
“Esse é um movimento generalizado, mas alguns setores são sempre mais afetados, como o de alimentos, o químico e o automotivo.”
A estimativa é que 80% das vagas atuais seja para expansão, segundo Gonçalves.
“Normalmente, no Brasil, o movimento de novas contratações começa após o Carnaval, mas neste ano a variação tem sido atípica.”
Rio Energy investe R$ 700 milhões em expansão de parque eólico
A Rio Energy vai investir cerca de R$ 700 milhões para expandir seu parque de geração eólica no município de Morro do Chapéu (BA).
A central tem uma capacidade instalada de 223 MW e entrou em operação no fim do ano passado. Com o novo aporte, serão adicionados 144 MW de potência.
A empresa venceu um leilão de reserva em 2015 que demandará toda a energia gerada com a parte do parque eólico que já funciona.
O plano agora é usar as novas instalações para começar a vender energia também no mercado livre, onde grandes consumidores podem escolher de quem comprar, segundo o diretor de finanças Roberto Colindres.
A base acionária da Rio Energy é de um fundo de private equity dos EUA, o Denham Capital, que recebe recursos de investidores institucionais globais.
R$ 2,9 bilhões
já foram investidos pela Rio Energy
2,6 GW
é a capacidade dos projetos concluídos ou em andamento
O grupo hoteleiro Slaviero passará a administrar também shopping centers e outros tipos de empreendimento, de acordo com o presidente da marca, Eduardo Campos.
O primeiro projeto que será assumido pela companhia será um complexo de escritórios, comércio e hotéis com inauguração prevista para março em Campina Grande (PB). O investimento total é de R$ 160 milhões.
“Estamos em busca de mais estruturas assim, que são interessantes por diversificar nosso negócio. Já teremos um outro em Manaus, também com um pequeno shopping anexo”, afirma Campos.
A empresa tem dez contratos assinados de gestão de hotéis. Cinco deles deverão começar a funcionar neste ano, segundo o executivo.
“Só no primeiro semestre vamos abrir também em Curitiba e São José dos Pinhais (PR).”
26
são os hotéis da Slaviero em funcionamento
1.200
são os funcionários
Dimensão do efeito
Programas governamentais para financiamento habitacional têm o potencial de elevar o emprego no setor da construção em cerca de 15%, de acordo com uma pesquisa da revista de economia da FGV.
O estudo comparou cidades que não receberam recursos do antigo Programa de Arrendamento Habitacional, que começou a vigorar em 2001, com municípios semelhantes que foram atendidos.
“O efeito isolado desse tipo de política pública é de um aumento entre 13,4% e 16,8% no emprego na construção civil durante os três primeiros anos, o que consideramos significativo”, afirma o pesquisador Fábio Nishimura.
Financiar moradia também faz subir os salários dos profissionais do setor a uma proporção de 5,2% a 8,2%.
O efeito na remuneração, no entanto, demora mais para ocorrer que na empregabilidade no segmento.
Sinistro O preço dos seguros de automóvel em Fortaleza subiu 10,5% entre dezembro e janeiro, desde que se iniciaram as ondas de ataques no estado, segundo a TEx, que fornece software para corretoras.
Serviço gráfico A Printi, plataforma online de serviços de impressão, vai investir
R$ 25 milhões em tecnologias para produção de embalagens personalizadas em tiragens baixas e com processo de venda digitalizado.