Data do Artigo: 10/03/2023
Segundo a prefeitura, nove ações de reintegração de posse estão em curso para retirar ocupações irregulares que impermeabilizaram o solo na região. Todas essas ocupações, de acordo com a administração municipal, foram instaladas ao longo do Córrego Uberabinha, perto do local da tragédia.
“Se tivermos hoje a autorização judicial, já vamos fazer hoje. É inaceitável que um condomínio faça um muro daquele de forma irregular e irresponsável. Muito possivelmente, se aquele muro não estivesse ali, não teríamos o que aconteceu”, disse o prefeito.
Por meio da Subprefeitura Vila Mariana, a prefeitura informou ainda que estuda a construção de um piscinão para minimizar o efeito das chuvas na região. Segundo a prefeitura, o estudo deve ser concluído ainda neste mês.
Já a Associação de Moradores, Comerciantes e Proprietários Viva Moema informou que fará uma manifestação no próximo domingo (12), às 10h, para cobrar da prefeitura ações urgentes de combate às enchentes na região.
“Estamos em luto pela morte da senhora Nayde, de 88 anos, que perdeu a vida nessa enchente. Desde nossa fundação, pedimos à prefeitura providências para solucionar o problema das inundações na região de Moema, e nada foi feito até o momento. A situação tem se agravado com o adensamento do bairro. Não basta quebrar um muro para diminuir a altura das águas”, diz a associação em nota publicada nas redes sociais.
“O sistema de drenagem da região está saturado, a canalização do córrego Uberabinha não está dimensionada para a demanda atual. Desde 2014, aguardamos a execução do reservatório”, acrescenta a associação, que também cobra da prefeitura a reforma das galerias e a fiscalização das obras no bairro para impedir que o resíduo das betoneiras seja despejado nas sarjetas e acabe se acumulando nas bocas de lobo e entupindo os bueiros.
“A responsabilidade pela aprovação, fiscalização e emissão de alvarás é da prefeitura. Se existem irregularidades nas construções, é a prefeitura que tem o dever de tomar as providências para regularizar. As consequências dessa omissão todos nós já conhecemos”, diz a associação.